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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Apostila Psicologia

As : 19:23
Em :

CENTRO DE ESTUDOS DA SAÚDE DO IDS

AV. MANOEL BORBA, 609 BOA VISTA RECIFE – PE.

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PSICOLOGIA APLICADA À RADIOLOGIA

PROFESSOR: JOSÉ RIVALDO DE BRITO MENEZES

INDICE

l. O Que Psicologia

1. Conceito

2. Divisão da psicologia

3. Senso Comum e Ciência

ll. Fenômenos Psicológicos

1. Sensação

2. Percepção

3. Memória

4. Afetividade

lll. Personalidade

Vl. Psicologia do Desenvolvimento

V. Teorias da Personalidade

1. Teoria de Abraham Maslow

2. Teoria Sigmund Freud

3. Teoria John B. Watson

4. Teoria Frederick Perls

Vl. Introdução às Relações Humanas

1. Relação Intra e Interpessoal / A Comunicação Interpessoal

2. As Relações Humanas na Saúde / A Comunicação na Saude

3. Percepção e Interação Social / Empatia

4. Processo de Feedback

Psicologia Aplicada à Radiologia

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I) Psicologia

1. Conceito:® É a ciência que estuda o comportamento humano.

· O Termo comportamento humano refere-se ao que uma ou várias pessoas façam.

· Comportamento ® Conjunto de ações e reações do indivíduo, tanto físico quanto emocional. É provocado por forças que atuam interna e externamente no indivíduo.

· Forças internas ® Desejo, necessidades fisiológicas, ansiedade, interesse, motivação, etc.

· Forças Externas ® Exigência da sociedade, trabalho, política, família, etc.

2 – Divisão da Psicologia

Divide-se em:

2.1. Psicologia Geral

2.2. Psicologia Experimental

2.3. Psicologia Aplicada

Psicologia Geral ® Abrange todos os aspectos da psicologia em si, isto é, estuda os fenômenos psíquicos em suas manifestações gerais. Analisa o ser humano como que ser Bio-Psico-Social.

Psicologia Experimental ® Destina-se a observar manifestações psíquicas, formulando teorias e técnicas para a compreensão ou modificação de comportamentos.

Psicologia Aplicada ® Utiliza os princípios, teorias, estudos da psicologia geral para fins e situações da vida cotidiana. Estuda a relação da clientela em foco com a instituição envolvida. E vice – versa. Subdivide-se em:

Psicologia Educacional ® A relação do aluno com aprendizagem; com a instituição escolar.

Psicologia Organizacional ® A relação do homem com o trabalho:

  • Processo Seletivo;
  • Motivação;
  • Triagem;
  • Relação Grupal .

Trabalhador X Trabalhador

Superior X Trabalhador

* Psicologia hospitalar, psicologia jurídica, psicologia clínica, psicologia clínica na comunidade, psicologia do esporte, etc.

Obs: A psicologia atualmente está envolvida em todos os setores, em todas as instituições.

II) Fenômenos Psicológicos

SENSAÇÃO ® Usamos a palavra sensação pela exprimir situações de agrado ou desagrado que passamos. É o resultado de uma transformação realizada pelo sistema nervoso traduzindo uma impressão que se originou de um estímulo sensorial proveniente do mundo exterior. É uma reação especifica do aparelho receptor ou do sentido.

EX: Um barulho muito intenso. O órgão do sentido (audição) recebe estímulo sonoro (barulho), ou seja, sofre estimulações proveniente do mundo externo.

A Sensação depende do nosso sistema nervoso. O órgão mais crítico do nosso sistema nervoso é o córtex cerebral. É no CC que terminam as fibras nervosas unidas dos órgãos sensoriais. Em caso de doenças ou acidentes que destruam parte do córtex cerebral a pessoa não terá mais sensações.

EX: Um facho de luz atingindo os olhos de uma pessoa que perdeu a visão.

OBS.: 1) Chamamos tonalidade afetiva ao agrado ou desagrado que as sensações provocam. EX: Remédio amargo a tonalidade afetiva e de desprazer.

2) A sensação constitui a 1ª fase da percepção, o primeiro momento do conhecimento.

PERCEPÇÃO ® É o conhecimento imediato do objeto que nos causou uma determinada sensação.

- A percepção nos dá o conhecimento do real, ou seja, nos dá condições de reconhecermos qual o objeto que causou em nós determinada sensação.

PERCEBER é organizar interiormente os elementos levados pelos sentidos. É conhecer, através dos sentidos, objetos e situações.

Quando percebemos um objeto ou situação, algum aspecto dele nos chama mais a atenção. O aspecto que se destaca chamamos de Figura a qual se sobressai sobre o Fundo (aspectos ou detalhes que não estão sob o nosso foco de atenção).

TIPOS DE PERCEPÇÃO

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A percepção utiliza os órgãos dos sentidos. Exemplos:

  • Perc. Visual (visão) ® cores, brilho, distância, tamanho, profundidade, etc;
  • Perc. Auditiva (ouvidos) ® pelos sons, vozes, etc;
  • Perc. Tátil (pele) ® pelo calor, frio, macio, áspero, etc;
  • Perc. Gustativa (boca e demais órgãos relacionados) ® pelos sabores;
  • Perc. Olfativa (nariz) ® pelos cheiros, odores, etc;
  • Perc. Cenestésicas ® órgãos internos;
  • Perc. Cinestésicas ® órgãos das articulações (músculos, tendões, etc.).

MEMÓRIA

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MEMÓRIA ® É a capacidade do indivíduo de armazenar a experiência vivida.

A memória passa por três etapas ou processos:

1) Codificação

2) Armazenamento

3) Recuperação

1) Codificação ® É o preparo da informação para sua armazenagem (através de um código). As informações são transmitidas por um código (Percepção) visual, auditivo, etc.

2) Armazenagem / Retenção ® É a função básica da memória. É a manutenção da impressão por um determinado período. O intervalo da retenção é influenciado pelo uso, pelo SNC, etc.

3) Recuperação / Evocação ® É trazer à consciência a resposta armazenada no local da memória (possivelmente no cérebro).

Inconsciente Pré – Cons. Consciente

AFETIVIDADE ® Constitui o aspecto mais fundamental da vida psíquica. É a base sobre a qual a pessoa constrói suas relações com outras pessoas.

A vida afetiva exerce influência sobre todas as nossas percepções, atitudes, preconceitos, interesses, pensamentos, etc.

Qualquer modificação que interfira na organização afetiva da pessoa afetará sua eficiência intelectual, suas atitudes e seu comportamento.

A vida afetiva é o início da vida psíquica.

SENTIMENTO:® É um estado afetivo complexo resultante da combinação de elementos emotivos e imaginativos, mais ou menos claros, estável e que persiste menos na ausência de qualquer estímulo.

O ser humano é um maravilhoso organismo capaz de perceber eventos, formular juízos complexos, recordar informações, resolver problemas e por planos em ação. Contudo, pode também por em prática uma diversidade de coisas como por exemplo: confortar os enfermos, planejar uma guerra, dominar os outros, ser amigo, etc. Não se pode compreender qualquer ato humano que não seja afetivo.

EMOÇÕES ® São reações fisiológicas e psicológicas que influenciam na percepção, aprendizagem e no desempenho.

É uma reação intensa ou breve do organismo diante de uma situação inesperada, acompanhada de um estado afetivo agradável ou desagradável.

As emoções ® Atingem o Homem em todas as suas funções: Fisiológicas, Mentais e de Comportamento.

EX: Uma emoção forte pode provocar mudança na pressão arterial, taquicardia, tremor muscular ou provocar uma fuga.

III – Personalidade

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Conceito:® É a organização constituída por todas as características de um indivíduo, ou seja, é a soma total de seu comportamento.

· Nossa personalidade se revela constantemente em nosso modo de ser, em nosso modo de agir e reagir diante das coisas, das pessoas, das situações, nossa aparência pessoal, nosso modo de conversar, os termos que escolhemos, nosso modo de ser, etc.; tudo isso reflete aquilo que somos.

· O desenvolvimento da personalidade está ligado à estrutura física da pessoa, ou seja, à constituição, que é o conjunto de características herdadas que sofrem ou não interações com o meio. As reações do indivíduo, influenciadas pelo meio, determinam o temperamento.

Temperamento® São as tendências, as predisposições inatas que, provavelmente, decorrem da estrutura do SN e das glândulas de secreção interna. O temperamento é inato e se manifesta mesmo no recém-nascido . É controlável.

Caráter ® É o conjunto de comportamentos elaborados sob influências ambientais, sociais e culturais, usados pelo indivíduo para adaptar-se ao meio.

Assim, percebe-se que a personalidade é peculiar a cada pessoa, pois é o resultado da integração entre as características herdadas e o meio, não existindo, portanto, personalidades iguais.

Atitude Mental ® O pensamento é realmente uma força poderosa, e não há para ele o menor obstáculo desde que haja força de vontade e determinação. É um fator de origem interior que se espalha por todo o psiquismo e que reflete-se exteriormente.

Uma manifestação de pensamento ou atitude mental positiva leva a um comportamento positivo. E vice-versa.

Traços da Personalidade

Um traço de personalidade, é uma característica duradoura do indivíduo e que se manifesta na maneira do indivíduo se comportar em qualquer situação.
Um traço de personalidade, pode ser comum numa cultura e não em outra.
Cada pessoa apresenta um conjunto de traços de personalidade e que pode ser mais acentuada em uma pessoa e menos em outra.

Alguns Traços de Personalidade:

Sociabilidade:® É a facilidade que certas pessoas têm de relacionar-se, de estabelecer contatos sociais. Integram-se facilmente nos grupos, gosta de estar sempre acompanhado. O oposto é uma pessoa retraída.

Liderança: ® É a capacidade de planejar, organizar e conduzir os membros dos grupos e atingir determinados objetivos, dividindo e atribuindo responsabilidade e conseguindo a colaboração efetiva do grupo.

Dinamismo: ® É a disposição para agir ou a capacidade de realizar grandes atividades, investir a grande quantidade de energia no trabalho. Profissões: De atividades variadas e que exijam maior movimentação.

Iniciativa: ® É a facilidade de imaginar soluções, de tomar iniciativas e de decidir frente a situações diferentes. É importante para todas as profissões que exijam tomada de decisões.

Emotividade: ® É a predisposição para emocionar-se facilmente frente a situações agradáveis ou desagradáveis. Sabemos que em certas profissões a emotividade excessiva pode ser prejudicial. Uma vez que nelas o profissional se defrontará freqüentemente com estímulos que podem provocar sua emoção.

Disciplina: ® É a facilidade de adaptação à normas de trabalho pré-estabelecidas e trabalho metódico. A disciplina é uma qualidade indispensável em algumas profissões e importante em quase todas.

Concentração: ® É a capacidade de envolver-se em uma atitude impedindo que os estímulos a sua volta, por mais atraentes que sejam, venham afetar ou interferir na realização dessa atividade. Quase todas as profissões exigem essa capacidade.

Autocontrole: ® É a capacidade de controlar as próprias reações emocionais ou expressá-las de modo socialmente aceitável. Todas as profissões que envolve o relacionamento de pessoas exigem essa capacidade.

Perseverança: ® É a capacidade de prosseguir na atividade iniciada chegando até a sua conclusão, mesmo que durante sua realização ocorram obstáculos ou solicitações mais interessantes. É importante para todas as profissões.

Rapidez: ® É a capacidade que certas pessoas têm de responder e executar determinadas tarefas com certa rapidez, tais como: rapidez de raciocínio, de percepção para cálculos, etc. Existem profissões que a rapidez é o fator mais importante para sua execução quando em outras o indivíduo mais lento pode se sair bem.

Afirmação: ® É a caracterização da pessoa que atua no sentido de superar obstáculos que lhe dificultam a obtenção de um objetivo. A falta de afirmação pode levar o indivíduo a acomodar-se. Certo grau de afirmação é necessário em todas as profissões.

Flexibilidade: ® É a facilidade de adaptar-se às mudanças, de modificar ou alterar seus próprios planos e de aceitar os pontos de vista dos outros. É uma qualidade importante nas profissões que exigem trabalho em equipe.

Egocentrismo: ® É a característica da pessoa que busca, antes de tudo, a satisfação das suas próprias necessidades, interesses e desejos, bem como a sua auto promoção, sem levar em conta as necessidades dos outros. É um traço que, quando muito acentuado, pode dificultar a adaptação à profissões que envolvem trabalho de equipe.

Empatia: ® É a capacidade de colocar-se no lugar dos outros, de sentir ou perceber suas dificuldades e alegrias. A Empatia é, indispensável para todos os profissionais que lidam com pessoas e que procuram ouvi-las e assisti-las.

Depressão: ® É a tendência que a pessoa tem para sentir-se frequentemente triste, para achar que as coisas não vão bem. É um travo que pode dificultar o desempenho em profissões nas quais a pessoa trabalha só ou naquelas que por si só já são deprimentes

Teorias da Personalidade
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Teoria de Abraham Maslow

Jung, psicanalista, afirmou que há uma tendência da pessoa para tornar real o que é potencial. Assim se você tem predisposição (tendência ou vocação) para vir a ser um médico (potencial) há um esforço para que isso se realize (realização).

Esse processo chama-se auto-realização.

       
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Realização
 

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O psicólogo Abraham Maslow trabalhou com o conceito de auto-realização. Ele estuda a personalidade, como resultado de que tudo vai de acordo com as necessidades do indivíduo.

Segundo Malow, a teoria da satisfação das necessidades passa por 5(cinco) níveis de desenvolvimento:

1. Necessidades Fisiológicas: Fome, sede, sexo...

2. Necessidades de Segurança: Estabilidade, casa para morar, ordem e confiança.

3. Necessidade de participação e Amor : Amor, afeição, identificação

4. Necessidades de Consideração: Prestígio, respeito, êxito, reconhecimento,.

5. Necessidades de Auto-realização: Aceitar a si próprio como é, e aos outros como eles são.

O indivíduo que chega ao estágio de auto-realização tem uma visão bem real do mundo. É criativo e espontâneo no comportamento e na expressão do seu mundo exterior. A criatividade parece ser de grande relevância para a enfermagem, uma vez que todo enfermeiro é também um educador. Assim sendo, não só deve buscar promover a saúde que está relacionada a criatividade da pessoa, como também, ajudar essa pessoa a compreender-se e a compreender o mundo de forma saudável.

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Teoria de Sigmund Freud

Sigmund Freud nasceu em Viena (Áustria) no ano de 1856. Foi médico neurologista. Destacou-se no tratamento dos doentes mentais. Criou um método denominado por ele de psicanálise.

Freud morreu em Londres no ano de 1939.

Inicialmente, a psicanálise foi um método de terapia utilizado para tratar de “doentes mentais”.

Atualmente é chamada “Psicanálise” não só o tratamento (processo) mas os conceitos e fundamentos (teoria) criados por Freud.

A teoria teve e ainda tem hoje a influência da medicina, psicologia, pedagogia, , da mitologia grega e de uma série de outros ramos científicos.

Freud desenvolveu uma teoria da personalidade. Ainda afirmou que nada acontece por acaso com o comportamento das pessoas. Tudo segundo ele, está determinado pela relação da pessoa com o ambiente no qual ela vive.

E, quando há conflito entre a pessoa e o ambiente, esse acontecimento provoca tensão.

A Psicanálise trabalha com os princípios chamados de redução de tensão, através da análise do inconsciente.

Aparelho Psíquico (Aspectos básicos da personalidade)

Segundo Freud, o aparelho psíquico é composto por três partes ou três aspectos básicos:

-ID

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-SUPEREGO

a) Id ® Corresponde á parte/porção mais profunda e hereditária do aparelho psíquico.

É impulsivo, segue o princípio do prazer.

O meio impõe restrições a este, ocorrendo, assim, adaptações. Os indivíduos que têm predominância do Id são impulsivos, instintivos, agem conforme a emoção.

b) Ego: ® Surge pela necessidade de adaptação do Id. Segue o princípio da realidade, agindo como intermediário entre o Id e o mundo exterior. Orienta-se pela razão. As pessoas guiadas pelo Ego são práticas, cautelosas, sensatas, ponderadas mais racionais. O ego protege a pessoa dos perigos criado pelo medo.

c)Superego: ® Desenvolve-se pela incorporação à estrutura psíquica de regras e normas ditadas pelo mundo exterior. Representa a herança sociocultural do indivíduo. Os indivíduos que têm predominância do superego agem de acordo com os padrões da sociedade (ao pé- da- letra), angustiados, tímidos, indecisos e receosos.

Estes três aspectos básicos ou estruturas psíquicas não podem ser consideradas isoladamente pois interdependem-se, existindo um equilíbrio entre elas. Caso não haja este equilíbrio e uma das estruturas não realistas (Id ou superego) predomine, a personalidade tenderá a padrões desviados da normalidade pois Id e Superego são forças opostas e estão em constante conflito. Ex: uma pessoa gostou de um objeto e sentiu-se tentada em rouba-lo (Id). Imediatamente pensa: “Não posso, não devo rouba-lo” (Superego). O ego então aconselha: “ Você poderá adquiri-lo se trabalhar e economizar parte de seu salário”.

Planos de manifestações ou níveis mentais.

As atividades mentais podem se manifestar em três planos ou níveis: o consciente; o pré-consciente e o inconsciente.

a) O consciente: ® Corresponde a tudo que o indivíduo faz em determinado instante com percepção do ato, ou seja, é o conhecimento de todos os nossos atos. Tomamos conhecimento imediatamente. Ex. “ Eu sei que agora estou falando com vocês...”

b) O Pré-consciente: ® Corresponde a tudo aquilo que o indivíduo pode recordar ou lembrar em instante seguinte. Age como uma espécie de arquivo. Ex: “ Vejo alguém passando por mim numa rua e que me é familiar”. No momento não consigo lembrar-me do nome e nem de onde conheço- o. Algum tempo depois, eis que surge a lembrança em minha consciência.

c) O inconsciente: ® Corresponde a tudo aquilo que não pode vir á tona voluntariamente. São fenômenos totalmente despercebidos por nós. O inconsciente se manifesta através dos sonhos e de atos falhos.

Mecanismos de defesa
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Mecanismos de defesa

São recursos, na sua maioria inconsciente, quando muito pré-conscientes, que usamos para fazer frente aos conflitos e defender-nos das ansiedades, angústias e das frustrações.

a) Compensação:® Mecanismo de defesa com que o indivíduo, inconscientemente, tenta compensar uma deficiência (real ou imaginária) pela aquisição de algumas outra coisas. Ex: uma pessoa sente-se inferiorizada por ter um defeito físico e adquire bastante conhecimento, chegando a destacar-se no grupo.

b) Deslocamento:® Neste caso, o indivíduo desloca um sentimento ou, impulso do objeto original para um substituto. Ex: uma criança, não podendo aceitar a idéia de odiar o pai, desloca o sentimento para os cavalos, passando a temer estes animais.

c) Fantasia:® Um conjunto de imagens por meio das quais o indivíduo tenta resolver seus problemas e conflitos através da satisfação imaginária. Ex: Aluno que sente os professores extremamente exigentes, imagina-se, no futuro, como um professor compreensivo.

d) Formação Reativa:® Mecanismo pelo qual as atividades e sentimentos exteriorizados são o oposto dos realmente desejados. Ex: A mãe super-protetora, que cerca o filho de todos os cuidados, mas que, inconscientemente, o rejeita. Seus impulsos hostis poderão ser satisfeitos, pois, agindo assim, impedirá a liberdade e o desenvolvimento do filho. Ex.: Uma mulher apaixona-se por um rapaz e, com medo deste sentimento, começa a odiá-lo. A idéia seria: “ Eu amo tanto que odeio” .

e) Introjeção:® O indivíduo transfere para si elementos da personalidade de outro. Ex: Um menino que se identifica com as atitudes paternas e passa a ter um comportamento semelhante ao do pai.

f) Negação:® O indivíduo nega a existência de determinada situação para proteger-se do sofrimento. Ex: Um indivíduo que não aceita a sua doença e continua fazendo as coisas como se nada tivesse mudado; ou quando uma pessoa passa a demonstrar extrema agressividade e uma outra em seguida comenta/questiona: Ex.: “Você é agressivo!” então esta responde: “Eu não!”.

g) Projeção:® Neste caso, o indivíduo não aceita atributos próprios, projetado-os aos outros. Ex.: Um menino com seu avô no zoológico vendo o leão indagava: “Vovô, você está morrendo de medo dos leões, não é?”

h) Racionalização:® Consiste na justificativa das próprias falhas com argumentos aparentemente lógicos. Ex.: Um trecho da fábula, a raposa e as uvas verdes no qual a raposa, que não alcançava as uvas, disse: ora, estão verdes.

i) Repressão:® O indivíduo mantém fora da consciência sentimentos e idéias inaceitáveis. Ou seja, os desejos e pensamentos inaceitáveis são reprimidos. Ex.: Uma jovem mulher que teve uma grande paixão na vida que ao ser apresentada a uma outra, não a reconheceu. Mais tarde descobriu que o seu esquecimento ocorreu por ter sentindo, na época que eram adolescentes, muita raiva desta por ter sido traída por ela. Ou melhor, esta teria-lhe tomado o seu namorado. Assim, para não reviver momentos desagradáveis esqueceu-se de tudo.

j) Sublimação:® A ação desejada é modificada conforme as demandas do meio, ou seja, o desejo é realizado, porém de forma modificada por não ser possível realizá-lo na forma original ou para não transgredir leis e regras sociais. Ex.: Uma mulher que não tem filhos e que se dedica a creches e orfanatos. Ex.: Um cirurgião, um boxer.

k) Transferência:® Um fato ou objeto neutro adquire força atrativa por um outro que é, simbolizado. Ex.: Uma mulher que relaciona-se com um homem bem mais velho que ela, talvez simbolize um pai que ela queria que fosse, ou vice-versa. * Chama-se Tb transferência afetiva.

l) Regressão:® O indivíduo regride a um estágio inferior de desenvolvimento para fugir da ansiedade (do abandono). Ex.: Uma criança que já tinha controle da urina volta a urinar na cama após o nascimento do novo irmãozinho. Ex.: Uma mulher volta a falar como uma criança por sentir que será abandonada pelo marido.

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IV- Psicologia do Desenvolvimento:

Fases do Desenvolvimento Humano

Basicamente o ser humano passa por quatro fases de desenvolvimento:

· Infância

· Adolescência

· Vida Adulta

· Senilidade

Cada fase é diferente por ter características próprias: dificuldades, necessidades, e objetivos a alcançar.

O sucesso de cada fase prepara o indivíduo para a fase seguinte e o equilíbrio entre os sucessos e fracassos determina o desenvolvimento futuro.

Gestação e Nascimento:

A moderna obstetrícia, ciência da gestação e do parto vem desenvolvendo-se e tornando os nascimentos mais seguros e menos traumáticos.

A vida humana, segundo Freud, inicia-se antes mesmo do nascimento, ou mais precisamente, inicia-se a partir do momento da concepção da idéia em ter um filho.

O choro do recém-nascido é o primeiro contato da criança com o mundo exterior e se realiza com a entrada do ar nos pulmões. Por esta razão, diz-se que a respiração representa o primeiro contato do meio interior do organismo com o meio exterior.

Os primeiros comportamentos da criança nos seus primeiros momentos de vida são: respirar, sugar, engolir, digerir e eliminar alimentos. Nesta primeira fase de vida o indivíduo tem propriamente apenas comportamentos motores, chamados reflexivos(reflexos).

Os chamados comportamentos inteligentes ou voluntários ainda não existem e vão formando-se através dos comportamentos motores (reflexivos).

O recém-nascido possui comportamentos reflexivos importantes como o reflexo plantar, o reflexo de preensão, o reflexo de moró e outros.

Plantar:

Quando você faz cócegas na planta do pé do recém-nascido, ele estica os dedos. Este reflexo chama-se plantar, e não se verifica nos adultos.

Moró:

Um ruído alto leva a criança a estender os braços e depois encolher-se. Este reflexo chama-se de moró (nome do pediatra alemão que descobriu esse reflexo).

Preensão:

O reflexo de preensão é o que faz a criança agarrar tudo o que toca na palma de sua mão.

O recém-nascido é capaz de responder aos estímulos que tocam os sentidos.

Esses reflexos desaparecem logo nas primeiras semanas de vida do bebê, mas são importantes para avaliar o desenvolvimento neurológico da criança, se tem capacidade de responder aos estímulos do meio ambiente.

A amamentação é um processo biopsicológico muito importante no desenvolvimento da criança, porque associa a necessidade de alimentação e o contato com a mãe.

Nas fases do desenvolvimento psicossexual criadas por Freud, a amamentação faz parte da fase, denominada por ele de, oral.

A fase oral é a primeira e é nela que o bebê sente prazer retirando o seu alimento e sugando o seio da mãe (o 1º objeto de amor).

Crescimento e Maturidade:

Maturação refere-se ao processo de crescimento físico que resulta em mudanças predizíveis no comportamento.

Maturação é um processo de desenvolvimento neuromuscular.

Não adianta muito treinar a criança para certas atividades antes da maturação. Por exemplo, de nada valeria treinar uma criança de seis meses a andar ou ensinar uma criança a ler e escrever aos quatros anos de idade.

É o desenvolvimento neurológico e muscular que faz a criança estar pronta para executar determinadas atividades. Há mães que usam o “andador” para ajudar a criança a andar.

A criança desenvolve-se segundo um ritmo:

· Engatinhar - 06 meses

· Ficar em pé sozinho - 09 meses

· Ergue-se - 10 meses

·Andar - 12 meses

Esta sequência é comum a todas as crianças, mas algumas se adiantam e outras se atrasam no desenvolvimento, de acordo com seu próprio ritmo e estimulação externa.

Fases do Desenvolvimento Infantil

De acordo com alguns psicólogos, as fases do desenvolvimento infantil estão divididas em três. E não existe uma idade exata para essas fases variando de criança pra criança.

a) Primeira Fase

· Inicia-se desde o nascimento até aproximadamente os 3 (três) anos e caracterizar-se pela:

- Descoberta do movimento

- Descoberta do corpo: mãos 4(meses) e pés (6 meses)

- Volta a cabeça para a voz humana: 4 meses

- Descoberta do espaço imediato : grades do berço ou sons labiais: mamá, papá: 10 - 12 meses

- Controle dos instintos e bexiga: 15 – 18 meses

- Nomeia objetos de uso comum: 2 anos

- Necessidade de movimentação: os espaços devem ir se ampliando

- Necessidade de formação de hábitos de horário, alimentação, sono, limitações. A falta desses hábitos pode causar a angustia e tornar a criança desambientada.

b) Segunda Fase

Vai aproximadamente dos 3 anos a 7 anos é a idade da “receptividade sensorial” quando a criança quer apalpar, esfregar e pegar tudo o que ver.

É também a fase do concretismo que vai até os 8 anos. Percebe detalhes

não visto por adultos como, por exemplo, um detalhe na estampa da roupa de uma pessoa.

É a fase das descobertas, daí a necessidade de movimento e exercício porque seu desenvolvimento está ligado à atividade motora.

A riqueza de imaginação pode levar a criança a mentir. É importante observar quando a criança mente para defender-se ou para enganar.

Esta também é a fase dos “por ques” e é muito importante responder a todas as perguntas com clareza e ao nível da linguagem e compreensão da criança.

O egocentrismo: Quer tudo para si.

c) Terceira Fase

Inicia-se com a entrada da criança na escola de 1º grau ( 7 anos) e vai até a adolescência.

Com o ingresso da criança na escola, o seu círculo social aumenta. Surgem os grupos, o período dos jogos, das regras, das normas, etc.

Compreensão das relações de lateralidade e dominância cerebral (direita e esquerda).

Aparecimento de doenças infantis, dos tiques nervosos, gagueira, canhoto(lateralidade). Para a criança se sentir útil e superior para essas dificuldades é importante dar-lhes algumas atribuições como: apagar quadro, fazer a limpeza dos móveis do seu quarto, arrumação da cama, etc.

É também o período da fantasia e dos experimentos, inicia-se os conflitos, as fugas para a rua e as fugas intelectuais.

Em resumo, as características mais marcantes desta fase são:

- Coordenação motora mais desenvolvida

- Compreensão das relações de lateralidade

- Sociabilidade mais abrangente

- Noção de privacidade

- Compreende as conseqüência dos próprios atos

- Oculta seu lugar na família (identidade própria)

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A Criança Hospitalizada

Atualmente, as possibilidades do desenvolvimento físico do ser humano vêm aumentando de tal forma que não existe comparação com nenhuma época passada.

O avanço tecnológico, o uso das máquinas e aparelhos sofisticados de ultima geração na medicina já é bastante acessível. Paralelamente a este avanço deveria também ocorrer uma maior assistência psicológica em todas as faixas com mais ênfase na criança para evitar conseqüência traumatizantes que poderá acompanhá-la pelo resto da vida.

É bom lembrar que a criança que se encontra hospitalizada apresenta as mesmas necessidades que a criança normal. Está desenvolvendo-se física e psicologicamente mas que passa por privações ocasionadas pela enfermidade que apresenta.

A criança hospitalizada não precisa apenas do tratamento ao qual está se submetendo, mas de amor e carinho. O brinquedo é para ela também uma necessidade que não pode ser esquecida.

A criança necessita de um ambiente o mais próximo possível do que teria se não estivesse hospitalizada, ou seja, receber carinho e atenção, ter condições de brincar, de ter objetos pessoais junto dela.

Todos estes fatores ajudam a criança a transformar o ambiente, hospitalar em um lugar o mais familiar possível.

Muitos hospitais não são projetos dentro de uma estrutura que leve em conta o desenvolvimento psicológico da criança e as vezes até físico. As áreas de lazer e até de estudos fazem parte da vida infantil e que não pode ser substituída totalmente.

Na hospitalização infantil devemos lembrar de dois aspectos importantes: O hospitalismo e a reação de separação. Hospitalismo ® Crianças com menos de seis meses tendo permanecido por algum tempo numa unidade hospitalar, apresentam as seguintes características: palidez, apatia, falta de apetite, indiferença, perda de peso, sono agitado, predisposição para surtos febris, fraca resposta aos estímulos recebidos, aceleração de trânsito intestinal. Todos estes sintomas não têm, na maioria das vezes, nenhuma causa demonstrável.

Este “hospitalismo” pode diminuir logo que as crianças retornarem aos seus lares. Mas o intenso quadro de hospitalismo pode forma-se irreversível.

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Reação de Separação ®Ocorre, dentro de limites bem amplos entre os seis meses e cinco anos, variando segundo o comportamento das crianças hospitalizadas após o trauma da separação, passa por três fases: Angustia , depressão e defesa.

A característica marcante da reação de separação é observada através da resposta de angústia das crianças quando são separadas da mãe e permanecem com estranhos. Essa angústia pode durar horas ou até uma semana, a criança apresenta-se muito angustiada com a perda (separação) da mãe e procura reavê-la com todas as suas forças: chora fortemente, agarra-se as grades da cama e olha impacientemente na direção de qualquer pessoa, objeto

ou som que seja semelhante a sua mãe. Ao mesmo tempo, rejeita qualquer figura alternativa, embora, às vezes, se apegue a alguém da equipe de enfermagem.

Na segunda fase, há uma preocupação intensa em rever a mãe, porém nota-se através do comportamento da criança que ela começa a perder as esperanças. Seu comportamento bastante ativo diminui ou cessa, podendo haver choro intermitente, inapetência e abatimento e uma aparência de extrema infelicidade.

Os comportamentos desta fase se parecem com os de hospitalismo.

Na terceira fase, a criança aparentemente não rejeita mais a equipe de enfermagem. Já aceita sem protestos os alimentos e brinquedos que lhes oferecem delineando-se no seu rosto o sorriso e abertura à interação. Ao receber a visita da mãe, apresenta indiferença, tendo, muitas vezes, dificuldades para reconhecê-la. Permanece distante e apática, não demonstrando a alegria esperada nestas ocasiões.

O Behaviorismo

Teoria do Comportamento

John B. Watson, Americano, postulava o comportamento como objeto da psicologia, dava a esta ciência a consistência que os psicólogos da época vinham buscando. Um objeto observável e mensurável que podia ser reproduzido em diferentes condições e em diferentes sujeitos.

A Psicologia, com a Teoria Behaviorista, alcança o status de ciência, rompendo definitivamente com a sua tradição filosófica.

Portanto o Behaviorismo dedicou-se ao estudo do comportamento, na relação que este mantém com o meio ambiente onde ocorre. Mas, como comportamento e meio são termos amplos demais para serem úteis para uma analise descritiva nesta ciência, os psicólogos desta tendência chegaram aos conceitos de estimulo e resposta.(Teoria S-R).

B. F. Skinner, (1904-1990) o mais importante dos behavioristas que sucedem Watson.

O homem começa a ser estudado como produto de processo de aprendizagem pelo qual passa deste a inf

ância, ou seja, como produto das associações estabelecidas durante sua vida entre estímulos (do meio) e respostas (manifestações comportamentais).

O Condicionamento Respondente

O comportamento reflexo é o comportamento não voluntário e inclui as respostas que são eliciadas por modificações especiais de estimulo do meio ambiente.

Exemplo: a contração das pupilas delatadas quando uma fonte luz incide sobre os olhos.

Estimulo neutro aquele que nada tem a ver com o comportamento, mas se for pareado com um estimulo aliciador. O estimulo previamente neutro irá evocar a mesma espécie de resposta.

Exemplo: suponhamos que, numa sala aquecida, sua mão direita seja mergulhada numa vasilha de água gelada. Imediatamente a temperatura da mão abaixa-se-á devido ao encolhimento ou constrição dos vasos sangüíneos. Isto é um comportamento respondente; esse comportamento será acompanhado de uma cigarra cada vez que colocar a mão na água gelada, então percebe que essa pessoa terá o comportamento respondente alterado, mesmo sem emersão da mão na água gelada quando associado a um estímulo eliciado. A temperatura da mão irá mudar apenas com o estímulo da cigarra mesmo sem ser colocada na água gelada.

Neste exemplo de condicionamento responde, o rebaixamento da temperatura da mão eliciada pela água fria é uma resposta incondicionada, enquanto o rebaixamento da temperatura eliciada por som é uma resposta condicionada. A água é um estimulo incondicionado, e o som, um estimulo condicionado.

Sknner concentrou seus estudos na possibilidade de condicionar os comportamentos operantes.

O Condicionamento Operante

É o comportamento voluntário e abrange uma quantidade muito maior da atividade humana - desde os comportamentos do bebê de balbuciar, agarrar objetos, olhar os enfeites do berço, até os comportamentos mais sofisticados que o adulto apresenta. Como a leitura de um livro, dirigir, acenar com a mão para um táxi, tocar um instrumento, namorar, são todos exemplos de comportamento operante.

Reforço

Reforço positivo é aquele que, quando apresentado, atua para fortalecer o comportamento que o procede.

Exemplos: mexer com um(a) garoto(a) e ser correspondido.

Reforço negativo é aquele que fortalece a resposta que o remove.

Exemplos: estudar, português, e não compreender o assunto.

Extinção

É o des-condicionamento de um comportamento indesejável ou inadequado (resposta).

Ausência de reforço:

Exemplo: deixamos então de paquerar uma menina, quando, depois de várias investidas, ela nem nos dirige o olhar, ignora-nos.

Punição:

Exemplo: as palmadas e os castigos que recebeu de seus pais, quando emitia um comportamento indesejável. Tendiam a levar um desaparecimento do comportamento.

Generalização

Este conceito completa a nossa compreensão da teoria do reforço como uma teoria da aprendizagem.

Quando percebemos a semelhança entre estímulos e os aglutinamos em classes, estamos usando nossa capacidade de generalizar. Ou seja, uma capacidade de responder de forma semelhante a situações que percebemos como semelhante.

Exemplo: aprendemos na escola alguns conceitos básicos, a fazer contas e a escrever certas palavras. Graças a generalização, podemos transferir esses aprendizados para diferentes situações, como dar troco ou recebê-lo numa compra, escrever uma carta para a namorada.

Na vida cotidiana, também aprendemos a nos comportar em diferentes situações sociais, dado a nossa capacidade de generalização no aprendizado das regras e normas sociais.

Discriminação

É o processo inverso, é a capacidade que temos de perceber diferenças entre estímulos e respeitar diferentemente a cada um deles.

Exemplo: as regras de conduta social. Somos capazes de nos comportar de diferentes maneiras das situações importas. Com a namorada, com os pais da namorada, com os colegas, na escola.

Questões

1. Quem é o Fundador do Behaviorismo?

2. Qual é o objeto da psicologia para os Behaviorismo?

3. Como homem é estudado pelo Behaviorismo?

4. Qual o mais importante teórico do Behaviorismo?

5. O que é comportamento operante?

6. O que é reforço negativo e reforço positivo?

7. O que é extinção? Dê exemplo.

8. O que é punição? Dê exemplo.

9. O que generalização? Dê exemplo.

10. O que é discriminação? Dê exemplo.

Filmes

Meu tio da América. Direção Alain Resnais (França, 1980)

Bibliografia

KELLER, Fred -Aprendizagem: teoria do reforço - (São Paulo, EPU, 1973).

A Gestalt

A Psicologia da Forma

A psicologia da Gestalt é uma da tendências teóricas mais coerentes e coesas da história da Psicologia.

Gestalt (forma ou configuração) é um termo alemão de difícil tradução.

Os antecessores da Psicologia da Gestalt foram Ernst Mach(1838-1916),físico; Christian Von Ehrenfels (1859-1932), filosofo e psicólogo; desenvolveram uma psicofísica com estudos sobre as sensações; e de espaço e forma, e tempo e forma.

A Gestalt estuda a percepção e sensação do movimento. Os Gestaltista estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica, quando o estimulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade.

Exemplo: o cinema, a fita cinematográfica sabe que ela é composta de fotogramas estáticos. O movimento que vemos na tela é uma ilusão de ótica causada pela pós-imagem retiniana (a imagem demora um pouco para se apagar em nossa renina). Como as imagens vão-se sobrepondo em nossa retina, temos a sensação de movimento. Mas o que de fato está na tela é uma fotografia estática.

A Percepção

É o ponto da partida e também um dos temas centrais dessa teoria.

Ponto comum entre a Gestalt e Behaviorismo é o objeto de estudo e definição de ambas, que o comportamento e a definição do objeto como ciência.

O Behaviorismo estudo o comportamento isolando estímulo resposta, já a Gestalt irá criticar essa abordagem, por considerar que o comportamento, quando estudado de maneira isolada de contexto mais amplo, pode perder seu significado para o psicólogo.

RELAÇÕES HUMANAS


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Relações humanas é o estudo do comportamento humano, no seu relacionamento intra e interpessoal.

As relações interpessoais são eventos que se verificam na família na escola no trabalho e são estudas pelas ciências sociais e psicologia.

O relacionamento interpessoal ocorrem entre:

1. Uma pessoa e outra;

2. Uma pessoa e um grupo;

3. Entre grupos.

A relação intrapessoal ocorre entre a pessoa e ela mesma. Quando você estabelece um diálogo consigo mesmo, está realizando uma comunicação intrapessoal.

As relações humanas têm sido empregadas em diversos níveis:

1. Relações Públicas;

2. Relações Comunitárias;

3. Relações Internacionais;

4. Dinâmica de Grupo.

Na prática das Relações Humanas verdadeira é importante que haja:

1. Interação é a situação em que o comportamento de uma pessoa influência no ccomportamento da outra. Para existir relacionamento interpessoal se faz necessário de interação e reciprocidade.

2. Empatia é a capacidade do individuo se colocar no lugar do outro, perceber seus problemas, dificuldades e alegrias. É um canal aberto para a comunicação.

3. Flexibilidade é a capacidade de aceitar o ponto de vista do outro, de adaptar-se às mudanças, modificar ou alterar seus próprios planos de trabalho.

OS GRUPOS E AS RELAÇÕES HUMANAS

1. Grupo é toda a reunião de indivíduos em torno de um mesmo objetivo. Pode-se dizer que existe grupo quando duas ou mais pessoas possuem:

> Interdependência;

> Interação;

> Unidade reconhecível.

O grupo pode ser:

Espontâneo quando formados por pessoas que se reúnem em torno de um objetivo imediato de forma espontânea.

Exemplo: crianças num parque de diversão, que se juntam, sem se conhecerem, para brincar. Ou pessoas que se reúnem para apagar um incêndio.

Planejado são grupos organizados como: os clubes, times de futebol ou esportivo, turmas de alunos, comissão técnica.

Sendo o grupo composto de indivíduos, é evidente que seu êxito depende estreitamente, das atitudes do indivíduo que o compõe.

Condições Pessoais de Êxito

São várias as condições pessoais necessárias ao indivíduo, a fim de que o grupo venha a ter êxito na sua produção. As características pessoais de cada membro podem fortalecer ou destruir o grupo.

Exemplos:

Aspiração todo ser normal sente desejos de alcançar certos objetivos de vida. Um prefere ser enfermeiro, outro médico, outros serem técnicos...

Quando não há capacidade para buscar o que deseja, surgem estados de insatisfação que são manifestados para com os colegas e superiores em atitudes de pedantismo, de superioridade, de rebeldia.

Simpatia os fatores que levem dois indivíduos a se simpatizarem são ainda pouco conhecidos; segundo alguns psicólogos, eles dependem do ponto de vista pelo qual se encara a pessoa.

As nossas simpatias ou antipatias podem estar podem estar relacionadas também a fatos positivos e negativos ocorridos e que lembram pessoas envolvidas nessas situações. Assim, um professor de matemática pode ser antipático a um aluno porque lembra uma reprovação que tenha sofrido.

A simpatia precisa ser considerada como uma das condições individuais indispensáveis ao trabalha coletivo, e cabe ao nosso bom senso saber contornar as dificuldades decorrentes da antipatia com relação a algum membro do grupo.

PREPARO DAS PESSOAS PARA VIVEREM EM GRUPO

Há vários pontos de vista a considerar para que as pessoas tenham êxito no trabalho em grupo.

CONDIÇÕES QUE NTERFEREM POSITIVAMENTE NO TRABALHO EM GRUPO

Comunicação

Comunicação é a transmissão de informações a fim de influenciar determinados comportamentos.

Quanto à comunicação se estabelece mal ou não se realiza entre as pessoas nós dizemos que há: bloqueio, filtragem ou ruído.

Há bloqueio quando a mensagem não é captada e a comunicação interrompida.

Ex.: Ocorre quando zonas de silêncio, barreiras psicológicas, etc.

Emissor/ Bloqueio/Receptor

Há filtragens quando uma mensagem é recebida apenas em parte.

Ex.: ocorre quando ouvimos apenas o que queremos ouvir, rejeitamos novos hábitos, novas idéias.

Emissor Bloqueio Receptor

Chama-se ruído o tipo de comunicação entre duas pessoas ou em grupo, quando a mensagem é distorcida ou mal interpretada.

Emissor Bloqueio Receptor

No campo profissional é importante o uso correto dos termos específicos da profissão. A aplicação da terminologia auxilia no bom desempenho do trabalho.

A linguagem expressiva ou não verbal

A postura corporal e a expressão facial fazem parte da comunicação, é muito importante principalmente na área de enfermagem.

Ex.: Enfermeiro contraiu as sobrancelhas ao abrir o envelope com os resultados dos exames. Para o paciente que está atento atudo poderá ser um ponto negativo.

Outro aspecto a considerar na comunicação é o nível cultural da pessoa ou dos grupos a quem nos dirigimos. Precisamos adequar a comunicação para sermos compreendidos. Não podemos esquecer também os termos regionais, quando nos dirigimos a pessoas de regiões diferentes.

Do ponto de vista do psicossocial

Os participantes de um grupo para assegurar a eficiência e o bom relacionamento, devem ser capazes de manter conteúdos pessoais fora do grupo, ou seja, não deixar que aspectos pessoais interfiram no trabalho.

Exemplo:

Saber superar frustrações, angustias, medos, timidez, insegurança e antipatia.

Os participantes devem conhecer-se suficientemente de maneira que não provoquem problemas originários de sua personalidade, interesses, aptidões, limitações.

Do ponto de vista econômico – administrativo

Antes de iniciar qualquer trabalho de grupo devem ser esclarecidos e combinados conforme o caso:

ü Divisão de responsabilidade;

ü Condições econômicas de trabalho (salário, gastos, reajuste, recompensa, etc.);

ü Conhecer os regulamentos da empresa;

ü Conhecer as funções que você vai exercer;

ü Conhecer as funções que os colegas exercem;

ü Conhecer as condições de trabalho: salário;

ü Conhecer a hierarquia que existe no trabalho;

ü conhecer a importância de cada função;

Os interesses pela atividade de grupo

A produção dos indivíduos está estreitamente ligada ao interesse que tem pelo trabalho e objetivos do grupo. O grupo vai ser eficaz dependendo do interesse e motivação de cada membro pelas atividades executadas.

Os grupos de trabalho podem criar diferentes motivações nas pessoas:

Necessidade de contato social;

Desejo de ser admirado;

Desejo de levar vantagens;

Necessidade de atividade e realização;

Necessidade combativa;

Interesses pelos transpessoais ( verdade, paz, amor, justiça honestidade e perfeição...)

Fatores que interferem negativamente no funcionamento do grupo

Fatores de ordem pessoal como características de personalidade ou fatores emocionais podem interferir e dificultar o relacionamento dos participantes e influenciando no desempenho do grupo como um todo.

Angustia

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É um dos tipos mais comum de neurose, aparecendo como extrema inquietação ou medo irracional causado pela impressão de perigo iminente acompanhada de perturbações neurovegetativas, como palpitações do coração, suores, visão perturbada, ect.

Ansiedade

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Muitas pessoas se sentem ansiosas antes de algum evento importante ou quando se defrontam com algum perigo grave. A reação natural do sistema nervoso central nesses momentos é de ansiedade, servindo a um propósito útil e desaparecendo quando a dificuldade é removida.

A ansiedade pode chegar ao pânico, interferindo nas funções mentais e sociais quando ela é continua e irracional sem causa justificável. Não há diferença qualitativa entre ansiedade normal e patológica.

Medo

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É um estado emocional de agitação que se verifica pela presença ou pressentimento de um perigo concreto. Quase que freqüente, o medo representa um papel negativo, porque aumenta os movimentos da fuga o indivíduo.

Quase todos os medos que atormentam as crianças e os adultos são injustificados e prejudiciais. O medo é o inimigo da saúde mental e física. Destrói a coragem e autoconfiança. Enfraquece e suprime a ação intencional, deforma a perspectiva e inibe o pensamento claro. Diminui as possibilidades de êxito e é, quase sempre, a causa de mediocridade e do fracasso.

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Conflito

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No conflito o individuo se defronta com situações boas ou más atraentes ou desagradáveis, entre as quais ele deve escolher.

Pode ocorrer um conflito entre duas escolhas positivas, isto é que nos são agradáveis e que somos forçados a escolher apenas uma delas, ocorre um conflito de aproximação.

Ex.: Fazer um passeio ou pique-nique.

Frustração

A frustração é definida como uma situação que interfere ou impede a realização de nossa motivação. As frustrações são divididas em externas e internas.

ü As frustrações externas são aquelas que se originam do meio em que vivemos. Ex.: um rapaz quer pegar uma flor que está em um jardim, onde o muro e altíssimo e o impede;

ü As frustrações internas são aquelas que se originam do próprio individuo. Ex.: mesmo que não existisse aquele muro alto, a formação moral do rapaz

o impediria de roubar.

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